ORCID fornece identificador único para pesquisadores

Algumas ações do CONECTI já estão em andamento, como o projeto de semântica para padronização dos dados e o uso do ORCID, um identificador persistente para pesquisadores, que garante o correto reconhecimento do nome da pessoa com os seus produtos. O ORCID já está disponível nos sistemas de submissão de artigos da SciELO, nos sistemas de acesso à CAPES, e LATTES, do CNPq.

Marilis Dallarmi Miguel, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), lembra que com todos os dados interligados por meio das plataformas vai diminuir o custo e o tempo de trabalho para o registro da informação. Ela destaca que esse registro “vai dar um panorama para o País sobre as pesquisas e onde estão sendo investidos os recursos, tanto do ponto de vista econômico, como científico”.

A intenção é que todos os pesquisadores se cadastrem para obter um código numérico único, que vai distingui-lo, por meio da integração de dados. Sempre que cadastrarem uma publicação, solicitarem subsídios ou usarem suas identificações em qualquer fluxo de trabalho, automaticamente estes serão ligados aos seus cadastros, evitando problemas comuns como homônimos ou erros de identificação.

A professora Cristiane Mello, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), já usa o cadastro ORCID e aprova essa conexão entre as plataformas. Para ela, o registro será quase que obrigatório, já que “para compilar as informações, os programas de pós-graduação vão ter que aderir ao sistema, para que facilite toda a gestão do próprio curso”.

Para se cadastrar, é preciso acessar o site orcid.org e fazer um registro, adicionando todas as informações profissionais. Em seguida, faz-se um link para os outros identificadores, como Scopus e LinkedIn. A partir de então, é só usar o ORCID sempre que acessar plataformas de pesquisa.

O professor Arthur de Sá Ferreira, do Centro Universitário Augusto Motta (UniSUAM), do Rio de Janeiro, conta que fez seu cadastro quando teve sua primeira publicação internacional e usa o sistema com frequência para mapear e monitorar as publicações cadastradas no seu registro. Quanto aos benefícios do uso do ORCID, o professor mencionou que “facilita porque registra tudo numa base só, tem alcance internacional, é de fácil compartilhamento por link e gratuito”.

Clara Guerra Duarte, professora da Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Minas Gerais, diz que sua instituição está com a ideia de fazer um treinamento para os professores, mas não só. Também pensa que será interessante “para nossos discentes de mestrado e graduação, porque é um identificador que vai acompanhá-los por toda a carreira científica”. Ela lembrou que para os programas de pós-graduação, o ORCID facilita inclusive as avaliações.

 

 

(Brasília – Redação CCS/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura ‘CCS/CAPES’